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O Centro Histórico do Porto, a área mais antiga da cidade e classificada como Património Cultural da Humanidade pela UNESCO desde 1996, congrega as freguesias da Sé, Vitória, São Nicolau e Miragaia (inclui as Caves do Vinho do Porto). Com raízes de origem medieval, e apesar de todas as mudanças, o Centro Histórico do Porto mantém as sua características urbanas, únicas e incomparáveis com outras cidades da Europa... por isso é que é altamente recomendável um passeio a pé pelas típicas ruas desta zona da cidade, onde irá deparar-se com monumentos de riqueza e de valor incalculável, como se o tempo tivesse parado na Idade Média!

Esta área classificada inclui a parte da cidade que estava dentro da antiga Muralha Fernandina, o núcleo habitacional da cidade que data do século XIV (de 1301 a 1400) e que servia para proteger militarmente a cidade, numa área de 90 hectares.

O Centro Histórico do Porto, com vista para o Rio Douro, integra vários monumentos e edifícios emblemáticos desta cidade, como a Sé do Porto, a Casa do Infante , a Estação de São Bento, Igreja de São Francisco, Igreja e Torre dos Clérigos, Mosteiro da Serra do Pilar (em Vila Nova de Gaia), Casa Museu Guerra Junqueiro, Palácio da Bolsa e a Praça da Ribeira, entre muitos outros. Junto com esta área classificada foi também definida uma área de protecção que inclui a Avenida dos Aliados e os quarteirões que englobam várias praças, como a Praça da Trindade, Praça de D. João I, D. Filipa de Lencastre, Praça Gomes Teixeira, Praça Carlos Alberto, Hospital Geral de Santo António, Jardim do Carregal, bem como a Alfândega Nova, o vale das Virtudes, Fontainhas, Guindais, uma zona junto à Praça da Batalha e toda a zona ribeirinha de Vila Nova de Gaia, incluindo as Caves de Vinho do Porto. Não nos podemos esquecer que o Porto é uma das cidades mais antigas da Europa e que, felizmente, conserva muito do património dos tempos idos!

A candidatura a Património Cultural da Humanidade pela UNESCO surgiu em 1991, por iniciativa da Câmara Municipal do Porto. Para essa efeito, a autarquia invocou várias razões como a presença de valiosos valores arqueológicos, grande ligação da história da cidade com a evolução do traçado urbano e arquitectónico, a existência de um conjunto de monumentos e edifícios de vários estilos e épocas, como gótico, romano, Arte Nova, barroco, entre outros, processos e reabilitação efectuados e com estreita ligação com projectos de integração social, homogeneidade estética e em termos visuais, entre outros motivos mencionados.

A aprovação da candidatura foi realizada em Mérida, no México, em Dezembro de 1996. A UNESCO considerou que esta área possuía um notável valor universal pelos imensos edifícios históricos que concentra e que testemunham a história da cidade. Em termos turísticos, esta decisão foi fundamental para o crescimento deste sector, uma vez que vários estudos apontam para o aumento do número de visitantes na cidade desde esse acontecimento.

O Porto é, de facto, uma cidade de valor incalculável!